Abelha-Rainha
o que perscruta a mente insana
que redime a mente sã?
era uma pérfida abelha-rainha
perdida nas austeras horas
daquela longa e devassa noite
voava pelos becos escuros
a bisbilhotar prostíbulos
ferretreando proxenetas
enlouquecendo as mulheres
que exercitavam as (...?)
desenhava ganchos em linha
na parede das passagens
perscrutando à luz de velas
um labirinto de esfarrapados
perfura gargantas incômodas
despedaçando insolências
e de vão em vão
estalava o ferrão
mas por inexata
razão
com a violência de um peteleco
despedaçada foi-se então.
sinto falta do zunzum
das asinhas agitadas
enxeridas e afiadas
acho que tornei-me
mais um daqueles.
o que perscruta a mente má
que redime a mente vã?
segunda-feira, 7 de abril de 2008
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Um comentário:
adorei os versos iniciais e finais!
estes trechos estão (foram?) sendo bem feitos. um projeto futuro de juntá-los, hein ??
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