As pesadas pás do moinho
Obedecem ao lufar do vento
Girando indóceis em torvelinho
Refreá-las tento
Um catavento
Acabrunhado moinho despótico
Sob um tépido riacho
Simpático mecanismo quixótico
Idealizado para mover
Seja ar ou movido por líquido
Com um propósito bífido
O moinho roda e age
Como um viver
Cíclico
Pois quando a respiração estanca
Ou se água falta
Ou ao quebrar uma alavanca
E moinho não poder girar
O círculo desanda
O sopro esvai
Mesmo movendo um ideal pérfido
Sustentado por figurões báquicos
Essa força que mobiliza
Impressiona
Um milhão de cabeças giram
Enquanto observam vidradas
E giram satisfatoriamente felizes
Embora acorrentadas nas pás
Temendo Satanás
Arre, ao menos eu descanso em paz...
segunda-feira, 30 de julho de 2007
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2 comentários:
Gostei
realmente, esse é um moinho indispensavel para qualquer ser humano
parabens :o
só não gostei do "acorrentados"
visto que ao meu ver, é uma escolha, então fica meio estranho o acorrentado, mas tudo bem.
Gostei dessa.
Da anterior, não. As rimas com verbos não me atraíram. É uma excessão nas suas poesias.
abraços,
Í.ta**
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