terça-feira, 29 de maio de 2007

A desconjulgada

Falaz como a justiça, correndo escapa
Ao encontro dos braços de impudico aristocrata
Confusão assexuada e nebulosa sai no tapa
Encalacrada numa sapata

Dolosa e dolorida, a indecorosa pálida
Esparramada e arfante, resfolegante
Cena meio tétrica - cólica
Arquejava rastejando-se - lívida

Num assomo de impassividade crua
A beldade cega e estúpida
Vira as costas pétreas para a rua
Libras balançando alheias - a cúpida

Soro pancreático, dose de insulina
O sopro diabético, caso de anemia
Rechearam com inconstâncias a pária feminina
Sôfrega - azia, colesterol, pressão varia

Aquela sina, aquela menina
fora da sintonia fina

Um comentário:

ítalo puccini disse...

um retrato-feminino diferente. Gostei!! =D